domingo, 9 de agosto de 2009
9º dia - Guaratinguetá a Paraty!
Acordamos em Guaratinguetá com a mesma certeza: era o último dia! Não sabíamos até que ponto esse detalhe era bom ou ruim. A única certeza que tínhamos, era que os 95 km a percorrer naquele dia seriam de morros íngremes e tortuosos, rumo aos quase 1.500 metros de altitude da Serra do Mar, no ponto que faz a divisa dos Estados do Rio de Janeiro com São Paulo.
Prevendo as dificuldades que viriam pela frente, acordamos ainda mais cedo nesse dia: antes das 06:00 da manhã já estávamos de pé. Fizemos as atividades rotineiras e partimos rumo à Cunha, cidade do nosso primeiro ponto de encontro. Este trecho inicial foi só um aquecimento. Alternou subidas e descidas, foi superado com facilidade e comemorado com uma saborosa melancia em nossa parada.
Tão logo saímos de Cunha, percebemos que dali em diante as coisas seriam diferentes. A primeira subida que pegamos parecia querer nos preparar para o que vinha pela frente. Foi talvez a mais íngreme de todo o percurso. Devagar, bem devagarzinho, passamos por ela. Não tínhamos pressa, o tempo estava sob controle e tínhamos nos pensamentos um estímulo que nos ajudava: a certeza de que Parati estava perto.
Subimos, subimos e subimos. A cada morro deixado para trás, víamos um mar de montanhas abaixo de nós. Era a Serra do Mar aos nosso pés. Chegamos a um dos mais altos pontos da Serra: a divisa entre Rio e São Paulo! Nesse momento a “ficha caiu”, e percebemos que atravessamos 3 estados de bicicleta! Dá-lhe comemoração e fotos na placa da divisa!
Uma forte neblina tomou conta do local e nos fez parecer que estávamos nas nuvens. E realmente estávamos! Seriam, agora, mais 20 km de descidas e retas até o destino final. “Moleza!”. Gritou alguém. Doce ilusão. Seria fácil, não fossem as obras pelas quais esse trecho passa e a precariedade da estrada. Foram 9 km de muita lama. Em alguns pontos, suficiente para nos cobrir até os joelhos.
Essa dificuldade, no entanto, só serviu para dar ainda mais sabor para a vitória. Após 9 dias de pedal e 6 meses de intenso planejamento, chegamos em Parati! Paramos no ponto de informações da cidade, onde nos abraçamos e registramos o momento com muitas fotos.
Na nossa chegada, as estatísticas estavam ótimas. Além de algumas dores no corpo, somente um tombo: o do Goiaba, em um mata burro próximo a Capela do Saco. Mas depois de passarmos por 630 km, muitas subidas, terra, lama, cascalhos e buracos, haveria ainda mais um fato para mudar essas estatísticas. Já dentro da cidade de Parati, escutamos somente o barulho da derrapagem e o tombo. O Chavinho, com seu moletom amarelo ouro, caiu no chão como cai um saco de fubá. E nada de buracos, cascalhos ou coisas do gênero. Foi tudo no cimento lisinho. Nada sério, foi só mais um momento de descontração. E seguimos rumo ao albergue.
Fomos para o Gesko Hostel, um albergue bem simpático de frente para o mar, na praia do Pontal. Enquanto parte do grupo lavava as bicicletas, outra parte foi direto para a praia, como bons mineiros. No albergue, encontramos alguns famosos, dentre eles: Jet Li, Harry Porter, Amy Winehouse e Thom York, o vocalista do Radiohead. Se eram mesmo eles, não tivemos coragem de perguntar. Mas que eram bem parecidos, ah, isso eram.
A programação era ficar descansando 2 dias em Parati, porque também somos filho Dele. Dormir sem hora para acordar, café da manhã de frente para o mar e, depois desses 10 dias, o único compromisso era relaxar. Neste domingo, o dia amanheceu lindo. Parati estava a uma semana sem sol e a sensação foi de que o astro rei apareceu somente para nos receber. Fizemos um passeio de barco com o piloto Zeca (qualquer semelhança com o nosso piloto Zeca é pura coincidência) e conhecemos algumas ilhas e praias distantes da região. Encontramos o Amir Klink (dessa vez tínhamos certeza! Era ele mesmo!) em sua ilha, que conversou com o Zeca do barco e trocou umas palavras com a gente.
Não temos palavras para agradecer a todos que se esforçaram para que esse projeto desse certo. Durante esses 10 dias, recebemos inúmeras palavras de incentivo, vindas de diversos cantos. Aos nossos amigos, familiares, apoiadores, patrocinadores, e a todos que, de perto ou longe torceram por nós, nossa forma de agradecer é a certeza de que este é o início de muitas outras idéias que virão. A chegada em Parati não foi somente a conclusão de um projeto. Foi, também, a nossa maior prova de superação física, emocional, material e organizacional. Foi o resultado de união, companheirismo, cumplicidade, valores agregados e trabalho em equipe. Foi a sensação de tornar importante um projeto pelo fato de estar completo e realizado, como um dia foi idealizado.
Um grande abraço a todos.
Equipe Caminho Velho, Mundo Novo.
8º dia - Passa Quatro à Guaratinguetá
Desta vez saímos um pouco mais atrasado do que o normal. Conseguimos sair já eram 09:30.
Após sairmos da cidade enfrentamos uma boa subida assim como um pouco de neblina até a divisa do Estado.
A sensação de cruzar o Estado de bicicleta realmente é maravilhosa. Todos apesar do frio e da neblina fizemos questão de parar na placa que sinalizava a divisa.
O percurso deste dia foi inteiramente percorrido no asfalto. Apesar de termos percorrido 79 km e saído tarde ainda conseguimos chegar em um bom horário, 15 hrs. Sendo possível nos arrumarmos com calma, comer e dormir razoavelmente cedo.
Todos fomos dormir com aquela sensação de que nossa aventura estava acabando... amanhã seria nosso último dia, mas ao mesmo tempo todos sabíamos que não seria fácil pois ainda tínhamos uma serra para cruzar, a Serra do Mar.
7º dia - Cruzília a Passa Quatro
Novamente acordamos cedo, mas após café da manhã, arrumar as bagagens, fazer uma pequena revisão nas bikes, alongamentos, só conseguimos sair às 08:30, já um pouco preocupados com o horário pois o trajeto previsto para o dia de hoje era um pouco maior do que o dos dias anteriores, prevíamos cerca de 90 km, parte em estrada de terra parte em asfalto.
Nossos primeiros 14 km foram em estrada de terra e como anunciado anteriormente neste dia conseguimos compreender exatamente qual é a mágica da Serra da Mantiqueira.Não sei se as fotos conseguirão transmitir a sensação, para sermos sinceros recomendamos a todos que experimentem pessoalmente e de preferência de bicicleta.
Após os primeiros 14 km chegamos ao asfalto de onde continuaríamos nosso trajeto. Para nossa surpresa encontramos em nosso caminho uma agradável senhora que esperava o ônibus com sua Neta. Indecisos para qual lado deveríamos seguir resolvemos lhe perguntar, a Sra. Maria Salete se identificou muito com o grupo rendendo ainda uma boa conversa. Como não poderia deixar de ser fizemos questão de registrar o momento.
Quando nos preparávamos para seguir viagem, já preocupados com o horário, pois não fazia parte dos nossos planos pegar noite na estrada, novamente uma surpresa o raio da roda da bicicleta do Raoni estava quebrado, provavelmente o incidente deve ter ocorrido em uma das sua aventuras nas decidas da Estrada de Terra. Felizmente rapidamente conseguimos resolver o problema, com auxílio das aulas do Gigante e da experiência do Hélio.
Assim seguimos o restante do percurso todo pelo asfalto, ainda não descobrimos se foi a melhor escolha, pois todos concordamos que foi um dos percursos mais perigosos da viagem uma vez que praticamente em momento nenhum tinha acostamento e os carros seguiam em altíssima velocidade. Em virtude disto resolvemos pedalar mais juntos pois seria mais seguro.
Ao contrário da belíssima e exuberante paisagem preservada que encontramos na estrada de terra, no asfalto encontramos muito lixo em suas margens.
Passamos por Caxambú, São Lourenço, Pouso Alto, Itamonte, Itanhandu e nada de Passa Quatro. Dessa forma, já às 17 hrs e após 110 km percorridos finalmente chegamos!
Logo na chegada nos deparamos com um local que vendia caldo de cana, nada melhor após esse longo trajeto!
Em Passa Quatro fomos recebidos no IBAMA onde nos organizamos para em seguida irmos para a palestra, que contou com a presença do Diretor do Parque onde estávamos alojados, assim como do Vice-Prefeito de Passa Quatro.
Após a palestra nos direcionamos para a casa da Fátima, secretária de Cultura da Cidade, para jantar. Fomos muito bem recebidos e nos deliciamos com uma comida maravilhosa.
Todos satisfeitos, voltamos para o alojamento do IBAMA, onde tivemos nosso merecido sono!
6º dia - Carrancas a Cruzília
Mas dificuldades à parte, seguem adiante nossas últimas aventuras.
No sexto dia, 29/07/2009, acordamos cedo e após nos deliciarmos com um excelente café da manhã tipicamente mineiro saímos às 08:30. Antes de saírmos nos aquecemos com a agradável companhia da garotinha, filha da dona da casa, que ficou famosa entre o grupo pela forma dócil em que tratava os seus gatinhos.
Devidamente alongados, com nossos mantimentos preparados saímos rumo à Cruzília. Seguindo os marcos da Estrada Real rapidamente entramos por uma Estrada de Terra, com uma paisagem surpreendentemente maravilhosa que nos acompanhou por todo nosso trajeto. nesse dia pegamos um pequeno trecho de asfalto apenas na chegada à Cruzília. Não mais que 18 km.
A cada dia que passava percebíamos que apesar da estrada de terra representar um maior desgaste para o grupo do que um percurso de asfalto, esse desgaste era mais do que recompensado pela paisagem que nos acompanhava enchendo nossos olhos e nos animando cada vez mais.
O trajeto percorrido neste dia é chamado Circuito Montanhas Mágicas da Mantiqueira, apesar de todos terem achado que já tinham entendido o significado deste nome, só conseguimos realmente compreender no dia seguinte como será demonstrado.
Percorremos 69 km, todo o grupo chegou muito bem e muito mais cedo do que imaginado. Chegamos eram apenas 14 hrs da tarde. Como era de costume logo após um banho começamos nossa louca busca por COMIDA!
terça-feira, 28 de julho de 2009
5º dia: Capela do Saco a Carrancas
Desta vez acordamos bem mais cedo conforme combinado na reunião da véspera e conseguimos sair às 8:10h. A proposta era enfrentar a tão esperada serra de Carrancas.
Não a subestimamos e nos preparamos para algo mais difícil. Mas a viagem foi maravilhosa. Foram 24,9km de estrada de terra que nos deixou extasiados. Minas Gerais é um estado privilegiado. Talvez nem as fotografias poderão transmitir sensação tão incrível.
A beleza da paisagem fez com que nos esquecêssemos do marcador de quilometragem. O que seriam 3 paradas em intervalos de 10km cada, tornou-se apenas pequenas pausas para fotografias. Se dependesse do Zeca, pararíamos a cada 100m.
Chegamos ao asfalto e nos deparamos com uma muralha natural, a famosa Serra de Carrancas. Estávamos com tanta energia, que não foi dificil chegar ao topo. Foram cerca de 300m de altitude a serem vencidos em pouco mais de 1km de estrada. Mas lá no topo, só felicidade. A vista compensou cada pedalada.
Avistamos um morro adiante, um pouco mais alto e, ao invés de seguirmos direto para a cidade de Carrancas, resolvemos pegar uma trilha que nos levou até o ponto mais alto da região. 360º de um mar de montanhas a perder de vista. O vento nos trazia um pouco do mundo que vem de todo lugar. Um pouco de nós também foi com ele. A companhia de um dócil cãozinho que recebeu água fresca do camel back do Gabriel.
Após inúmeras sessões de fotografias, descemos e nos deparamos com um grupo de viajantes que há 1 semana também percorreu o Caminho Velho da Estrada Real. Simone e cia limitada nos deu algumas dicas e disse que aproveitou algumas informações deste mesmo blog para ajudar na sua viagem. Não dissemos que estamos ficando famosos...
Depois de toda subida, uma grande descida nos fez registrar mais de 80km/h nos velocímetros (mas respeitamos o limite de velocidade e descemos engrenados).
Em Carrancas uma voz interior soou bem alto por entre as montanhas da cidade: COMIDA!!! No posto de combustível, não foi cheiro da gasolina que nos fez parar. Bife de boi para os mais carnívoros e salada frequinha para os vegetarianos. O ambiente era o mais propício. Até lugar para descansar na sombra havia.
Jogamos conversa fora sobre experiências militares e piadas de mau gosto e decidimos procurar a pousada contactada no inicio do projeto.
Alguns contratempos, mas deu tudo certo. Ficamos numa Hospedaria gentilmente sugerida pela Poliana, contato próximo do Raoni, e jantamos um delicioso frango com quiabo acompanhado de angu, couve e salada de tomate. Bolinho de chuchu, arroz bem branquinho e feijão feito na hora num tradicional fogão a lenha. Precisa de mais alguma coisa?
O Zeca, para variar, não descolou a mão da máquina fotográfica. Tirou várias fotos da praça e da igreja. Juntamente com Luciano, Anita e Leonardo foi a cachoeira da fumaça, cartão postal da cidade.
Foi um dia maravilhoso, 34km de pedalada e só alegria.
Detalhes do trajeto:
Verde por todos os lados, céu limpíssimo e ensolarado, córregos com águas cristalinas, matas ciliares preservadas, ser humano em harmonia com a flora e a fauna.
O sono chegou... até amanhã.
4º dia - São João Del Rei a Capela do Saco
O Albergue Vila Hostel foi sensasional e muito confortável. Agradecemos a todos pela recepção.
Partimos às 9:45h pela Estrada Real, rumo ao distrito de São João (Capela do Saco). A primeira parada aconteceu após 26km de asfalto. O rendimento foi muito bom e nos preparamos para a melhor parte, a estradinha de terra a partir de São Sebastião da Vitória.
Chegamos às 11:30h.
Comemos um delicioso pão de queijo recheado e encontramos com um trio de ciclistas de São Paulo, que coincidentemente estão trilhando o mesmo caminho que nós. Saíram de Ouro Preto rumo a Paraty. Renato, Lucas e Caio são muito animados e determinados. Torcemos que façam também uma ótima viagem. Trocamos algumas informações e eles seguiram na frente.
Antes que pudéssemos continuar a viagem, percebemos que o pneu traseiro do Rodrigo estava totalmente vazio. Era o único pneu que não tinha recebido o Bike On (produto que não deixa o pneu esvaziar pois veda os furos provocados por pregos eventuais. Isso nos consumiu cerca de 1:30h.
Problema resolvido, seguimos animados rumo a Caquende com a expectativa de fazer 2 paradas com o carro de apoio. A empolgação foi tanta que não houve nem uma parada sequer.
Avistamos paisagens maravilhosas, estrada de ferro e de terra (sem tráfego), morros preservados e o cheirinho da roça que invadiu nossos pulmões. Melhor combustível não há.
Inconvenientes mata-burros nos faziam reduzir o ritmo, já que eram longitudinais, o que representava risco até para motocicletas. Mas nos acostumamos rapidamente e quando aparecia algum mata-burro na transversal, era só alegria e aceleração.
Tão logo avistamos a famosa e esperada represa de Capela do Saco, fizemos questão de tirar várias fotografias e fazer gravações. Fizemos a travessia de balsa movida a motor de trator e chegamos à Pousada Reis às 15:20h com os nossos contadores marcando 51km no total.
Fomos recebidos pelo Rodrigo, que já tratou de nos acomodar e começar a preparar a nossa janta. Será que estávamos com cara de fome?
Tomamos um banho rápido e enquanto aguardávamos a refeição descemos até a margem da represa e ficamos acompanhando o Pôr do Sol. Zeca ficou maravilhado e aproveitou a oportunidade para tirar várias fotografias. Escolheu duas meninas nativas que brincavam às margens e fez quase um book fotográfico. As crianças ficaram todas contentes com a experiência se sentindo verdadeiras modelos fotográficas.
Quibes e batatinhas fritas de tira-gosto até a hora do rango oficial. Qual não foi a nossa surpresa quando o trio de paulistas acabava de chegar e de se hospedar na mesma pousada que nós.
Jantamos à vontade e combinamos de nos reunir para acertar alguns ponteiros e traçar detalhes dos próximos dias. Foi um momento importante, pois todos ficaram à vontade para expor dúvidas, anseios e sugestões. Valeu a pena.
Antes de dormir, brincamos de Máfia. Um jogo parecido com Detetive. Foi bacana e quase atravessamos a madrugada.
Fomos dormir com a agradável e sonora companhia dos pernilongos.
Detalhes do Percurso:
A maior parte do trajeto foi descida. Encontramos muita mata nativa, pouca erosão, ar puro, represa bem preservada e céu limpo e claro.
No máximo, alguns topos de morro sem vegetação com pastagens ou plantações. Mas vimos mata ciliar protegendo córregos e a ausência agradável de postes ou fios de alta tensão.
domingo, 26 de julho de 2009
3° dia - Lagoa Dourada a São João Del Rei
2° dia - Cristiano Otoni à Lagoa Dourada
Tivemos a oportunidade de distribuirmos material didático sobre Meio Ambiente e orientarmos alguns agricultores, aqui representados pelo sr. José Messias, que demonstrou grande interesse pelo tema.
sábado, 25 de julho de 2009
Setur Notícias
CICLISTAS PARTEM EM EXPEDIÇÃO
sexta-feira, 24 de julho de 2009
1º dia - Ouro Preto à Cristiano Otoni
O friozinho na barriga até o momento da nossa partida foi uma constante.
Como previsto, houve uma solenidade na Praça Tiradentes marcando o início do nosso projeto, na qual foi realizada uma pequena apresentação onde pudemos expor nossos objetivos. Houve a presença de vários meios de comunicação (Agência Minas, Radio Educativa de Ouro Preto, Rádio Inconfidência, entre outros) assim como autoridades locais, como o Secretario Municipal de Cultura e Turismo Sr. Gleiser Boroni e representantes da Secretaria de Turismo do Governo de Minas, Srs. Gabriel Salgado e Turbino.
Um pouco atrasados, mas ainda dentro do previsto partimos às 9:30.
- O trajeto
Saindo de Ouro Preto o trajeto é marcado com inúmeras subidas e descidas seguidas, um difícil começo, até atingir o alto da Serra de Ouro Branco à 1560 m.
Neste começo confirmamos que "atrás de serra, tem mais serra".
O grupo de forma heterogênea, percorreu este primeiro percurso de aproximadamente 30 km em três horas. Apesar da dificuldade com as subidas a vista é belíssima em qualquer direção que for possível olhar. Com certeza chegar ao topo da Serra de Ouro Branco tem sua recompensa.
Após estes 30 km tivemos nossa primeira parada.
Passamos pelo Centro da cidade de Ouro Branco e seguimos rumo à Conselheiro Lafaiete. Neste ponto a estrada fica um pouco mais perigosa com poucos acostamentos e carros seguindo com maior velocidade.
À poucos quilômetros de Conselheiro Lafaiete realizamos nossa segunda parada, 20 km após a primeira. Este segundo trecho foi percorrido em cerca de duas horas.
Assim seguimos para Cristiano Otoni, no entanto havia uma pedra no meio do caminho... Não exatamente uma pedra, pois estas haviam muitas, mas o nosso problema foi um prego no meio do caminho. Este pequeno imprevisto na bicicleta do Leonardo nos atrasou cerca de uma hora.
Chegamos à Cristiano Otoni às 17h30 finalizando 77 km no primeiro dia. Fomos muito bem recebidos pelo Presidente do Circuito Turístico Vilas e Fazendas, Sr. Flávio Pitella e pelo Secretário de Turismo e Cultura de Cristiano Otoni, Sr. Robinson.
Após nos acomodarmos no Hotel Cupim, realizamos nossa palestra e a distribuição do material didático em um clube da Cidade.
A cidade de Cristiano Ottoni apesar do pouco tempo que tivemos para conhecê-la, nos pareceu muito aconchegante. De acordo com as informações dadas pelos Srs. Flávio e Robinson a cidade também se mostra bastante preocupada com as questões ambientais e turísticas, possuindo inclusive uma Usina de Reciclagem em conjunto com outros Municípios.
- Observações adicinais acerca do trajeto
O grupo identificou uma grande quantidade de lixo ao longo das rodovias e trilhas; construções irregulares próximas à Rodovia e em terrenos com inclinação provavelmente acima de 45°, topo de morro desmatado para pecuária, erosões, desmatamento em áreas de preservação permanente (ao longo de rios).
O trajeto de Ouro Preto à Ouro Branco possui uma vegetação mais preservada do que a observada no restante do trajeto, o que tornou a temperatura mais amena e o percurso mais agradável. Vale salientar que algumas matas eram de Eucalipto.
- Sinalização
Foi possível observar ao longo do nosso caminho inúmeros marcos da Estrada Real, o que auxilia muito a qualquer pessoa que pretenda percorrer o trajeto independente do meio de transporte escolhido.
- Momentos de Descontração
André: "O Zeca deve estar louco de vontade de andar de bike... mas a vontade vai passar rapidinho". - Também já havia sido percorrido 50 km.
Rodrigo e Marcos: "Nossa o pão integral está igual picanha!" - Os vegetarianos da equipe que não gostaram nada da comparação...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Já é amanhã
Preparar malas, colocar nos carros, arrumar espaço, e as caixas de papelão? essas caixas de novo! Últimos preparativos e... finalmente estamos a algumas horas do grande dia! A correria é grande, afinal alguns detalhes sempre saem em cima da hora.
Às 5h30 da manhã sairemos de BH rumo à Ouro Preto. Teremos uma solenidade na Praça Tiradentes (Ouro Preto), assim como a apresentação da nossa primeira palestra, com a presença de autoridades locais e provavelmente alguns veículos de comunicação. A partida oficial prevista é às 9h00 da manhã.
Esse Blog será atualizado diariamente no período de 24 de Julho a 1º de Agosto de 2009, com informações sobre o nosso trajeto e concretização do Projeto. Acompanhe as impressões dessa equipe de aventureiros pelos caminhos usados há séculos pelos desbravadores das Minas Gerais.
Durante esses dias de aventura, deixaremos aqui os nossos relatos e algumas fotos selecionadas - obviamente dependentes de condições de acesso à internet nas localidades por onde passaremos. Uma das nossas maiores satisfações com certeza será ler os comentários de quem nos acompanha. Sintam-se à vontade para fazer comentários e enviar mensagens de apoio.
Provavelmente o próximo artigo será enviado amanhã, em Christiano Otonni, junto com algumas fotos. Aguardem!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Está Chegando!
Toda a equipe está uma pilha de ansiedade e expectativa!
A Estrada Real tem três eixos: o Caminho Velho (Ouro Preto-Paraty), o Caminho Novo (Ouro Preto-Rio de Janeiro) e o Caminho dos Diamantes (Ouro Preto-Diamantina).
Nestes nove dias iremos percorrer o Caminho Velho, o mais antigo dos três. Passaremos por três estados, terminando em Paraty.
As cidades de pernoite foram escolhidas de forma a conjugar distâncias diárias balanceadas com a disponibilidade das prefeituras em apoiar e receber o nosso Projeto, que tem como objetivo através de palestras prover capacitação sobre turismo interno, meio ambiente e aquecimento global.
Paralelamente, outro objetivo do Projeto Caminho Velho, Mundo Novo, é fazer um levantamento dos principais trechos de degradação ambiental, seja por mineradoras, queimadas, acidentes naturais ou pela ação do homem. Estes relatórios poderão ser acompanhados diariamente através deste blog.
Abaixo é possível observar um esboço do que será nosso trajeto:
sábado, 18 de julho de 2009
Pegada Ecológica
Que pegada você deixa no planeta???
""O aquecimento global é causado, em grande parte, pelos gases da combustão dos motores dos automóveis. Por isso, um transporte sustentável tem de utilizar a energia de maneira eficaz, ou seja, transportar o máximo de carga possível gastando o mínimo de combustível. Dessa forma, evite andar de carro sozinho. Você pode ampliar suas formas de locomoção, utilizando bicicletas, percorrendo pequenos trechos a pé, privilegiando o uso de transporte coletivo ou organizando caronas solidárias com colegas de trabalho ou da escola. Fazer a revisão de seu veículo particular também é importante, além de abastecê-lo com combustíveis alternativos (álcool, gás natural, biocombustível) e dirigir com pneus calibrados. ""
Entre no site http://www.pegadaecologia.org.br/ e faça o Quiz!!
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Treinamento - BH / Confins
Ontem, dia 05 de julho, realizamos um treinamento de Belo Horizonte (Praça da Estação) ao Aeroporto de Confins.
Seguem, abaixo algumas fotos deste treinamento:
sábado, 4 de julho de 2009
Roteiro Turístico torna-se palco de uma ação voluntária
Confiram no blog do governo de Minas um pouco mais sobre o Projeto Caminho Velho, Mundo Novo:
http://www.blog.mg.gov.br/roteiro-turistico-torna-se-palco-de-acao-voluntaria/
O grupo parte para a expedição dia 24/07, de Belo Horizonte para Ouro Preto, de onde saem no dia seguinte, iniciando o trajeto de bicicleta rumo à Parati. A volta está prevista para o dia 02/08.
domingo, 28 de junho de 2009
Rodas da Paz
Para saber mais sobre a ONG ou fazer parte dela entre no site: www.rodasdapaz.org.br
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Cadê a segurança para os ciclistas?
A cidade pode ser mais segura para os ciclistas?
O relato de Vitor, que foi atacado por um ônibus enquanto pedalava em São Paulo, está gerando uma saudável discussão. Ciclistas debatem os riscos de quem tenta usar um meio de transporte saudável para o meio ambiente e para o corpo em uma cidade de trânsito ainda selvagem.
Felipe Aragonez também contou sua história. “Infelizmente eu também virei vítima do Apocalipse Motorizado . No dia 16/6 às 18 horas estava pedalando na Avenida Chucri Zaidan (Zona Sul) fui mudar de faixa, quando olhei já estava no chão. Um carro muito rápido acertou minha roda traseira. Caí com o cotovelo esquerdo no chão e a cabeça. Sorte que o capacete amorteceu, ele quebrou, mas meu crânio não. Resultado, passei uma noite em observação no hospital e usei por uma semana gesso no braço.
“Nós ciclistas lutamos muitos por uma cidade melhor, com menos mortes e mais vidas. Mas fica complicado se a população paulistana continuar pensando de maneira egoísta e individual. A mudança deve acontecer, mais bicicletas, mais transporte coletivo de qualidade e mais segurança nas ruas, senão mais gente irá morrer.”
Não precisa ser assim. Uma cidade como São Paulo precisa mirar nas experiências de outras metrópoles e acabar com o martírio dos ciclistas. Felipe mostra um bom exemplo em seu blog. A foto acima é parte de uma campanha de conscientização que usa justamente os ônibus, que são responsáveis pelos acidentes mais graves.
Alexandre Mansur
http://colunas.epoca.globo.com/planeta/
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Divulguem essa ideia
Tudo a ver com o projeto:
"Deixe o carro em casa e vá de Bicicleta"
Divulguem esta ideia!!!!!!!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
PARTICIPANTES
A equipe do projeto é formada por 11 participantes sensibilizados com as questões relativas ao meio ambiente e ao aquecimento global. Desses, 10 irão realizar o percurso de bicicleta, e 1 irá no carro de apoio. Abaixo seguem os dados dos participantes que formam o grupo da expedição, com nome e e-mail.
• André Luis Soares Lacerda
pialfaroalfaonde@yahoo.com.br
• Anita Carmela Militão de Pascali
anitapascali@gmail.com
• Emmanuelle Christie Oliveira Nunes
manuchristi@gmail.com
• Gabriel D’Amato Baeta
baetad@ibest.com.br
• Hélio Augusto Soares Lacerda
heliorobotec@hotmail.com
• José Flaviano Issa
zkissa@gmail.com
• Leonardo Lima Dubois Collet
leocollet@gmail.com
• Luciano Lima Dubois Collet
lucianocollet@gmail.com
• Marcos Roberto de Souza Campos
chavinhobh@hotmail.com
• Raoni Rocha Simões
raoni_rocha@yahoo.com.br
• Rodrigo Castro Cerqueira
rodrigotts@uai.com.br